Os perigos do tarot gratuito

Os perigos do tarot gratuito, muita vezes, giram em torno da forma que são realizadas as trocas energéticas, que podem ser explicadas suas origens nas tradições culturais e religiosas, o que gera uma doação de energia e tempo que pode criar um karma, gerando energia de escassez.

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A questão de trocas energéticas

Quando falamos sobre existirem perigos ao realizar consultas gratuitas, nos referimos à forma como ocorre a troca energética. Apesar do tarot não ter ligação com nenhuma religião específica, foi ensinado através da cultura cigana uma tradição chamada “cruzar a mão com prata”, que diz respeito a uma troca que deve ser feita na hora de qualquer consulta oracular. Isso ocorre não apenas na cultura cigana, mas em outros serviços espirituais, pois a espiritualidade por si só trabalha com trocas. É uma questão também que diz respeito à forma como se trocam as energias em uma consulta. Quando realizamos consultas gratuitas, é como se estivéssemos doando nossa energia e nosso tempo, que é o que temos de mais valioso, sem nada em troca.

O que é cruzar a mão com prata

Cruzar a mão com prata, na tradição cigana, era trocar o seu tempo e a sua energia utilizados na consulta com algum item valioso. Antigamente, utilizavam-se pedras, joias e principalmente a prata. Hoje em dia, fazemos isso com o dinheiro, que é um item de troca mais fácil e eficiente para nós atribuirmos e calcularmos valores. Não sabemos se começou com os ciganos e foi difundido para outras culturas ou se começou em alguma cultura específica e ficou mais conhecida através da cultura cigana, mas sabemos que hoje em dia é utilizado pela maioria das tradições.

Na cabalá financeira, a energia de prosperidade, de Mamon, gira em torno da troca: eu te dou a informação e você me retribui com prosperidade. Assim como também nas consultas de médicos e trabalhos de advogados, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, onde pagamos para ter o tempo do profissional que estudou, assim funciona com o tarólogo.

Por que as pessoas falam tanto que o tarot deve ser gratuito

Algumas pessoas confundem o tarot e o baralho cigano como pertencentes exclusivamente às religiões de matriz africana, especialmente à umbanda. Por trabalhar bastante com caridade, a umbanda faz com que alguns acreditem que o serviço de tarot deva ser gratuito também. Entretanto, ressalto que o tarot não tem origem nesta cultura e não pertence a nenhuma religião exclusiva. Ver o que é tarot. No candomblé, as consultas com búzios são cobradas pela mesma questão mencionada acima: a troca energética e o pagamento realizado por esta troca.

Nas tradições mais antigas podemos vemos o poder do dinheiro

Embora na umbanda haja bastante o conceito de caridade, nas tradições africanas antigas podemos ver o conceito da troca. Por exemplo, o jogo de búzios: as conchas, nas tradições, eram usadas como moeda de troca, muitas vezes atribuídas como a primeira moeda do mundo. Depois, foram usadas como instrumento de adivinhação.

Assista o vídeo sobre isso no canal Mwana Afrika:

Búzios, Conchas, Nzimbu, Cowrie: muito mais que uma moeda

Pode ler tarot para si mesmo?

Poder, pode, mas não é seguro. A maior questão em ler tarot para si mesmo é a ausência de neutralidade e o viés de confirmação. Quando temos conhecimento das cartas, já ficamos com receio de saírem tais cartas no momento da nossa pergunta, e a nossa interpretação destas cartas ficará enviesada pelas respostas que queremos ou não ter naquele momento.

Como o tarólogo precifica sua consulta

A precificação varia de profissional para profissional. No geral, precificamos a consulta baseada no tanto de materiais que usamos no momento, qualidade dos materiais, quais tipos de entidades ou divindades com as quais trabalhamos ao longo da consulta, quantidade de oráculos utilizados, tipos de oráculos utilizados, tempo de estudo do profissional e, principalmente, tempo dedicado àquela consulta, pois o tempo é o mais valioso que temos.

Conheça mais sobre o Tarot de Julieta.

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